18 de novembro de 2010

A doutrinação ideológica sobre a igualdade de género


Fonte: Plataforma RN

A Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica (Ciência Viva), com o patrocínio do FINIBANCO inaugurou recentemente no Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, no Parque das Nações uma exposição interactiva temporária que se prolongará até 28 de Agosto de 2011 subordinada ao tema: Sexo… e então?

Ocupando uma área de 700m2, a exposição divide-se em vários módulos onde o principal tema abordado é o sexo, sendo também apresentados diversos subtemas correlacionados.

Para os promotores, esta mostra destina-se a crianças e jovens entre os 9 e os 14 anos de idade. Segundo eles: " visa promover a igualdade entre os sexos e transmitir aos adolescentes uma percepção positiva e esclarecida do amor e da sexualidade."

Os promotores realçam o contributo, em minha opinião muito duvidoso, dado por um grupo de especialistas em educação para a infância e a adolescência para a organização da exposição.

Boa parte do espaço expositivo é dedicada à apresentação pormenorizada dos órgãos reprodutores masculino e feminino.

Recorrendo à utilização de bonecos simpáticos e divertidos, os organizadores tentam, de forma lúdica, impor às mentes das crianças e jovens que visitam a exposição a noção da permissividade sexual, falando-lhes acerca do acto sexual como um acto meramente mecânico e gerador de prazer e optando deliberadamente por omitir-lhes as noções de responsabilidade e de compromisso.

Por sua vez, a homossexualidade é apresentada como algo de natural. Num dos módulos da exposição as crianças e os jovens podem assistir a vídeos onde, deliberadamente, esta temática lhes é transmitida sem a devida contextualização, acabando por deixar nas suas mentes a ideia de que ser homossexual é algo totalmente normal, tão normal como ser-se heterossexual, o que é na realidade uma falácia.

As crianças são ainda confrontadas com alguns pormenores mais íntimos do acto sexual, facto que acaba por violentar a sua intimidade, pela simples razão de ainda não estarem preparadas física, psicológica e emocionalmente para aceitar essa realidade, por razões que deveriam ser óbvias para qualquer adulto minimamente responsável.

Também se explica às crianças e aos jovens quando utilizar a pílula e, mais uma vez, de forma totalmente deliberada, omite-se que a pílula tem efeitos abortivos.

Em resumo, podemos afirmar que através desta exposição, o actual regime socialista vai prosseguindo a sua meta radical de doutrinação ideológica sobre a igualdade de género e a permissividade sexual, procurando incutir a ideologia do género nas crianças e nos jovens.

Face a esta investida ideológica que visa, de forma manipuladora, perverter as mentes de crianças inocentes, cabe aos pais, os primeiros e principais responsáveis pela educação e desenvolvimento psicológico e emocional dos filhos, tomarem medidas enérgicas de denúncia desta situação.

Deixo aqui a sugestão para que exijam às direcções das escolas que lhes facultem informações pormenorizadas sobre as actividades ou workshops relativos a esta exposição programados para os seus filhos, e não permitam que eles participem dos workshops ou visitem a referida exposição sem a sua autorização expressa.

11 de novembro de 2010

A crise das finanças públicas, a demonização dos mercados e a ambição expansionista do neocolonialismo chinês

Fonte: Site RR/Informação

É indiscutível que a situação das finanças públicas portuguesas é preocupante, para não dizer perigosa! O mesmo se deve dizer da situação económica do país.

Numa demonstração de irresponsabilidade, o Governo do Eng.º Sócrates tem ocultado ao povo português repetida e deliberadamente a verdadeira dimensão do problema.

Com o seu estilo sempre enigmático e de maneira incompreensível, também o Presidente da República tem acabado por dar o seu aval às medidas propostas pelo Governo, que acabam sempre por se tornar ineficazes, como se verificou com os diversos PECs.

Ao fim de muitos e muitos meses de incertezas, o país assistiu a um debate do Orçamento de Estado, apresentado como um programa de austeridade que, pela sua alegada consistência e seriedade, teria obtido o aval até de instâncias internacionais.

Uma vez mais a realidade encarregou-se de desmentir as versões apresentadas. Apesar do acordo estabelecido entre o PS e o PSD para a viabilização do Orçamento do Estado, os juros da dívida soberana continuaram a subir e ultrapassaram já o valor recorde de 7%, o que de si é revelador da falta de credibilidade com que tal plano de austeridade é visto.

É curioso observar que neste ambiente de crise certos meios tentam criar um clima de demonização dos "mercados", como se fossem eles e não o Governo os responsáveis pelos desmandos do endividamento nacional.

Neste ambiente de histeria acena-se igualmente com o perigo de o FMI acabar por intervir e mandar no país. Este alarmismo parece-me desproporcionado, sobretudo quando o comparo com a naturalidade com que certo establishment político e empresarial encarou a recente visita do Presidente da China a Portugal.

Foi com naturalidade que esse establishment acolheu a intenção do regime ditatorial chinês, comandado pelo Partido Comunista, de adquirir parte da divida soberana portuguesa e de empresas chinesas - sempre com capital do Estado - entrarem no capital accionista de empresas portuguesas estratégicas.

É visível nesta atitude do regime chinês a ambição expansionista do neocolonialismo que a China tem vindo a consolidar em diversas regiões do globo.

Misteriosamente, este neocolonialismo parece não incomodar minimamente aqueles que se arrepiam com os mercados e o FMI.

4 de novembro de 2010

As eleições intercalares nos EUA e o tsunami político resultante da vitória do Partido Republicano e do Movimento Tea Party


Os resultados das eleições intercalares realizadas no passado dia 3 nos Estados Unidos tiveram como consequência imediata a alteração radical na relação de forças tanto no Congresso como no Senado.

O Partido Republicano, e sobretudo o seu sector mais conservador, o Movimento Tea Party, foram os grandes vencedores destas eleições que ditaram uma maioria Republicana no Congresso e um número muito expressivo de candidatos republicanos eleitos para o Senado.

Este facto irá condicionar de forma determinante a aprovação de certas leis, como por exemplo a legislação da reforma da saúde, para a qual é necessária uma maioria qualificada no Senado, a qual a partir de agora, não pode ser garantida apenas com os votos dos Democratas.

O tsunami político ocorrido em resultado destas eleições volta a colocar o Partido Republicano no centro das grandes decisões, tanto da política doméstica como da política externa americana.

Os Republicanos passam assim a assumir uma posição clara de bloqueio a muitas das políticas apresentadas pela Administração Obama durante os últimos dois anos. Através dessas políticas, com particular destaque para a reforma da saúde, a Administração Obama procurou legislar no sentido de um maior intervencionismo do Estado tanto na economia como na sociedade, situação pouco do agrado da generalidade dos americanos que têm um elevado apreço pela liberdade individual e pela livre iniciativa, daí terem penalizado duramente a política económica dos Democratas.

A alteração radical na relação de forças entre Democratas e Republicanos resultante destas eleições teve o seu início em 2009, em grande medida com o surgimento do Movimento Tea Party. O Tea Party é um movimento político, social conservador e liberal que surgiu há um ano como protesto contra um conjunto de leis federais como o Plano de Resgate Económico de 2008 e os projectos de reforma do sistema de saúde, projectos mal recebidos por milhões de norte-americanos.

Os membros e seguidores do Movimento Tea Party consideram que a despesa, o défice e os impostos federais são muito elevados, e tornava-se assim necessário fazerem ouvir a sua voz em Washington, tendo-se organizado e apresentado candidatos próprios tanto ao Congresso como ao Senado. Graças à sua determinação e organização alcançaram resultados surpreendentes muito para além das expectativas da generalidade dos analistas políticos e mesmo de alguns sectores do Partido Republicano.

A designação deste movimento com origem na sociedade civil inspirou-se no Boston Tea Party de 1773 que foi o ponto de partida para a Revolução Americana.

O surgimento de movimentos que se caracterizam por uma actuação eficaz e metódica visando objectivos claros e bem definidos como é o caso do Movimento Tea Party, dificilmente é compreendido e aceite pela generalidade das sociedades europeias, muito habituadas a conviver com sistemas políticos demasiado controlados pelos partidos e que deixam pouca margem de actuação à sociedade civil.

Essa dificuldade das sociedades europeias em compreender e aceitar movimentos como o Tea Party, apelidando-os de imediato de ultraconservadores e de radicais de Direita deve-se, em grande medida, a uma visão redutora daquilo que é o dinamismo e a vitalidade do sector conservador da sociedade norte-americana.

Na actual situação política e económica que Portugal enfrenta em resultado dos graves erros das políticas socialistas que mais não fazem do que engordar o Estado, o Movimento Tea Party deveria servir de inspiração aos sectores conservadores da sociedade portuguesa para se organizarem no sentido de se criar uma autêntica vaga de fundo que em poucos anos acabe por influenciar as decisões políticas, económicas e sociais e consequentemente contrariar a omnipresença do Estado na sociedade e na economia.